segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A Democracia Venezuelana: Ideal Esquerdista Brasileiro

Veja o que vai abaixo. Comento depois.


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou a afirmar neste domingo, 5, que irá deixar o cargo apenas em 2021, apesar de seu atual mandato terminar em 2013 e ele não poder se reeleger novamente. "Vocês sabem que estou brincando quando digo que em 2013 eu vou sair. Eu não vou nada. Não posso ir nem que eu queira, pois não cabe a mim, minha vida não me pertence, minha vida pertence a vocês", disse Chávez em um comício no Estado de Carabobo, região central do país. "No dia 24 de junho de 2021, aí sim, se Deus e a Virgem quiserem, é verdade que pedirei a vocês permissão para me retirar", continuou.

Ele também anunciou um "programa de aceleração do desenvolvimento regional", denoninado PADRE, a partir do próximo ano, que será aplicado somente em Estados que apoiarem seu governo nas próximas eleições regionais, previstas para 23 de novembro. Chávez deixou claro que não enviará recursos aos governadores da oposição, que ele acusa de planejar um golpe de Estado e seu assassinato, informa a agência France Presse.

O mandatário, que chegou ao cargo em 1998 e foi reeleito em 2006, propôs recentemente uma reforma constitucional que incluía a reeleição presidencial indefinida e que foi rejeitada pela população em um referendo realizado em dezembro do ano passado. Em meio à campanha para as eleições regionais do próximo dia 23 de novembro, Chávez anunciou que irá enviar recursos orçamentários adicionais a seus aliados que vencerem para governador e prefeito e que irá negá-los aos opositores eleitos.

A oposição "quer ganhar nos Estados e prefeituras para lançar no ano que vem um golpe de Estado e um assassinato. Isso nós não vamos permitir", declarou o presidente venezuelano. "Para que enviar recursos (aos opositores)? Para que roubem, conspirem contra mim? não", acrescentou, diante de milhares de partidários, pedindo votos para os candidatos do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).

Chávez suspendeu neste domingo seu programa semanal de rádio e televisão "Alô Presidente!" até que termine a campanha eleitoral. Ele disse que ao invés de realizá-lo irá se dedicar "a inauguração de obras e ao acompanhamento dos candidatos (do governo) em atos públicos."

Em 06/10/2008 no
Estado de São Paulo


Empenhado em desenvolver um modelo econômico de "produção socialista" na Venezuela, o presidente Hugo Chávez está estimulando a criação de "moedas comunais" para facilitar as operações de escambo, legalizadas por ele há dois meses. Analistas, porém, acreditam que a medida pode degradar ainda mais a já combalida economia venezuelana, cujo índice inflacionário de 18,7% ao ano é um dos maiores da América Latina.

A Lei para o Fomento e o Desenvolvimento da Economia Popular foi aprovada por Chávez em 31 de julho, e ela autoriza as comunidades organizadas em "grupos de intercâmbio solidário" a criar seu próprio símbolo monetário, escolher um nome e estabelecer seu valor por equivalência ao bolívar forte, moeda nacional em vigor desde janeiro. No entanto, essas moedas só poderão ser utilizadas nas regiões em que foram criadas, perdendo o valor no âmbito nacional, já que algumas das regiões venezuelanas têm suas próprias moedas desde o ano passado.

"A criação das moedas é uma das loucuras do governo, que tenta encobrir o problema da inflação", disse, por telefone, o economista venezuelano José Toro Hardy, ex-diretor da estatal petrolífera PDVSA. Chávez exemplificou o processo de troca: "Se sou produtor de bananas, me incorporo como produtor e consumidor, assim, troco minhas bananas por 10 zambos (moeda local) e esses 10 zambos são equivalentes a alguns tomates e um frango." Para Chávez, o sistema incorpora o cidadão ao "mercado socialista", que realiza trocas igualitárias sem a "exploração" do sistema capitalista.

"A probabilidade de essas moedas funcionarem é pequena porque elas apenas fazem parte da utopia socialista de Chávez", afirmou Roberto Bottome, diretor do semanário Veneconomia.

A iniciativa não é nova. Durante quase três anos (de 2001 a 2003), a Argentina teve 14 moedas paralalelas, além do peso - a moeda nacional. Emitidas pelos governos provinciais, eram usadas como se fossem dinheiro normal. Elas foram a alternativa encontrada pelas províncias para driblar a maior crise econômica e social da história do país. A idéia acabou abandonada por ter desorganizado ainda mais a economia argentina.

O economista Ronald Balza, da Universidade Católica Andrés Bello, explica que as moedas locais dificultam a mobilidade da população, deixando-a presa à sua comunidade. "Essas moedas recordam as fichas com as quais os fazendeiros pagavam seus peões no século 19, quando esse 'dinheiro' era válido apenas nos mercados do latifúndio", disse Balza.

por Renata Miranda, em 06/10/2008, no
Estado de São Paulo


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste domingo, 5, que seu país cria um "sistema financeiro próprio", em sociedade com "países aliados" como Irã, Rússia, Belarus e China, e a assessoria do ex-presidente cubano Fidel Castro.

A "arquitetura financeira" particular venezuelana permitiu ao país se resguardar da crise financeira mundial, afirmou Chávez durante uma visita a duas usinas petroquímicas em construção no estado de Carabobo.

"Nós criamos nosso próprio sistema de finanças interno, externo e mundial", através da promoção de sociedades econômicas com "países aliados" como Irã, Rússia, Belarus e China, declarou.

Chávez destacou que a mudança com esses países está baseada na constituição de milionários fundos e bancos binacionais, que nada têm a ver com instituições financeiras internacionais, e que dotam de recursos projetos e empresas bilaterais em áreas "estratégicas" como energia, alimentação, indústria e manufatura.

"Temos uma arquitetura financeira mundial estável. Nosso capital provém da recuperação da venda do petróleo, que era roubado pelos governos anteriores", declarou Chávez.

Ele citou como exemplo dessa "arquitetura financeira" venezuelana o fundo binacional com a China, criado no ano passado com capital de US$ 6 bilhões e que será aumentado para US$ 12 bilhões, segundo acordo assinado entre Caracas e Pequim em uma visita de Chávez ao gigante asiático há duas semanas.

A próxima criação de um banco binacional será entre Venezuela e Irã, que "talvez seja chamado de 'Casa de Valores Chávez-Ahmadinejad'", disse, entre risos, o presidente venezuelano.

Esse "sistema financeiro próprio" da Venezuela foi concebido com a assessoria de Fidel, que, acrescentou Chávez, sempre o alertou sobre os perigos e problemas gerados pela economia capitalista neoliberal.

"Fidel me assessora, meu verdadeiro sogro (...), me manda cartas me orientando e me abrindo os olhos" em matéria de finanças internacionais, revelou.

Chávez reiterou hoje que a Venezuela está a salvo da crise porque seu governo "revolucionário" se desligou há anos do capitalismo "perverso".

O ministro das Finanças venezuelano, Alí Rodríguez, disse hoje que, entre as "medidas de proteção econômica" adotadas pelo Governo, está a retirada, "há cinco anos", da reserva monetária nacional que estava em bancos dos Estados Unidos.

Boa parte dos quase "US$ 40 bilhões" que as reservas venezuelanas acumulam estão atualmente no "Banco de Compensações Internacionais (BIS, em inglês), em Basiléia (Suíça), onde todos os bancos centrais colocam suas reservas", disse Rodríguez.

O ministro afirmou que "10%" da reserva "está colocada em outros bancos", os quais Rodríguez não identificou, e "ao redor de 30% estão colocadas em ouro, de modo que o respaldo significativo de reservas do país está suficientemente protegido", acrescentou.

Em 06/10/2008, no
Estado de São Paulo

Ah! Os esquerdopatas bobolivarianos - inclusive alguns "brasileiros" que acham que Chávez é a salvação da lavoura (que só consegue ser plantada com o dinheiro dos "capitalistas") - devem estar tendo chiliques com estas declarações do bufão-mor.

Afinal, ele está consolidando o projeto de poder do Foro de São Paulo mais rapidamente que o resto dos esquerdistas que governam os países da América Latina - mais rápido até do que os fundadores do Foro, ou seja, os esquerdistas do PT.

E ele ainda tem a cara de concha - porque cara de pau é pouco lisa para este energúmeno - de dizer que não vai mandar dinheiro para os governadores de oposição porque eles planejam um golpe!

Esta declaração dele já é um golpe de Estado! Ele está fragorosamente desrespeitando a Constituição do próprio país e a instituição da democracia, que os esquerdistas adoram falar que respeitam! E ele só tem medo de um golpe porque já o tentou em 1992. Tanto que, ano passado, comemorou os
15 anos deste fracassado golpe.

Chávez, que vive metendo os pés pelas mãos, está ainda fazendo a Venezuela voltar à Idade Média: escambo é coisa daquela época, onde o povo vivia de trocas, pois somente os senhores feudais possuíam moedas. E foi justamente por isso, numa época um pouco mais iluminada, que surgiram os burgueses - e, conseqüentemente, o famigerado "capitalismo" que os esquerdiotas querem acabar.

O bufão está montando uma nova Cuba para ele, como Fidel tornou-se dono da ilha-prisão. Mas até quando? Até 2021, como ele bradou no comício do Estado que leva seu nome (Carabobo)? Acho que não. Ele está plantando a semente para que realmente haja um golpe de Estado... E eu aplaudirei os golpistas por tirarem um acerebrado do governo e restituírem a democracia plena em nosso vizinho.

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