sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Quando Cuba Lança...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quinta-feira (31) com o líder cubano Raúl Castro em uma visita para reforçar os laços políticos e comerciais entre Brasil e Cuba. Lula pretende reafirmar o objetivo do Brasil de ser o principal parceiro da ilha.

Lula foi recebido nesta quinta-feira (31) no Palácio de Convenções de Havana. Ele foi acompanhado pelos ministros Edson Lobão (Minas e Energia), Franklin Martins (Comunicação Social) e Orlando Silva (Esportes), além de seu assessor para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Lula assistirá nesta sexta-feira à assinatura de um acordo das petrolíferas estatais Petrobrás e Cupet, e ratificará o desejo do Brasil de ser o principal parceiro da ilha.

O presidente chegou à ilha no fim da noite, depois de deixar San Salvador, onde assistiu à 18ª Cúpula Ibero-Americana, acompanhado por funcionários e empresários que exploram oportunidades de negócios em Cuba.

A segunda visita de Lula a Havana em nove meses --terceira desde que assumiu a Presidência-- é um gesto político em direção a Cuba, e servirá para ratificar a solidariedade com a ilha, após a passagem de dois furacões que causaram perdas calculadas oficialmente em mais de US$ 5 bilhões.

Na sexta-feira, o presidente assistirá à inauguração do escritório de representação em Havana da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).Durante o ato, está prevista a assinatura do acordo com o qual a Petrobras adquirirá os direitos de prospecção e exploração de petróleo em águas profundas cubanas no Golfo do México.

Segundo fontes brasileiras, Lula convidará o general Raúl Castro para uma visita ao Brasil em dezembro.Além disso, pedirá ao líder cubano que assista à Cúpula da América Latina e o Caribe Sobre Integração e Desenvolvimento, que acontecerá em Salvador, nos dias 16 e 17 de dezembro.

na Agência Efe.


Cuba está com cheia de presos políticos e a Anistia Internacional denuncia que a tortura - entre as quais a 'merdácea' (enterrar o preso, nu, até o pescoço num tonel de fezes) - é prática corriqueira no país. Só existe imprensa oficial, sendo o Granma o meio de comunicação mais famoso, onde o ditador Fidel Castro emite seus mugidos. A produção intelectual e artística vive sob severa censura.

Se considerarmos os mortos por 100 mil habitantes da ilha cubana pós-revolução (mais de 17.000) e os mortos por 100 mil habitantes durante o regime militar no Brasil (mais de 460), Fidel matou quase 2.800 vezes mais do que a ditadura brasileira. E, no entanto, Lula está lá na ilha, lustrando-lhe o coturno - ou o tênis Nike, agora, coisa que os "cubanos a pé" (o povão) sequer sonha em poder comprar.

O Brasil se candidata a ser o principal apoiador da ditadura cubana sob o pretexto de que isso facilitaria a transição para a democracia. O que será que Tarso Genro e Paulo Vannuchi (que tanto querem que os torturadores de nossa ditadura paguem pelo que fizeram) acham? Com certeza apóiam o chefe (Fidel chefe de todos eles: Lula, Evo, Correa, Chavez etc.). E não lhes passa pela cabeça dizer ao presidente: “Não vamos negociar com esse torturador execrável!” - sempre lembrando que Raúl Castro era o operador da tirania de Fidel. Agora é o titular.

Pior: além de assinar com Raul Castro um contrato de cooperação entre a Petrobrás e a Cubana de Petróleo, Lula anuncia ainda a doação de 45 mil toneladas de arroz, que serão enviadas em breve para o país de Fidel, Haiti e Jamaica. É uma ajuda devido à devastação ocasionada pelo último furacão que passou pela America Central. As 12 milhões de famílias brasileiras consideradas pela ONU como subnutridas (uma forma mais sutil de dizer que passam fome) estão solidárias, mas lembram que não comer, por aqui, independe de furacão.

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