terça-feira, 7 de julho de 2009

Como Embargam os Comunistas

O embargo que Lula está cobrando contra Honduras, através do seu governo ou apoiando governos vizinhos, não se compara ao embargo econômico dos Estados Unidos à Cuba. Até o final da guerra fria, quando a União Soviética inundava o país de rublos e armas, nenhum comunista reclamava. Com o fim do comunismo, começou a gritaria. No entanto, o embargo à Cuba é feito por um único país: Estados Unidos.

Contra Honduras, Lula, Amorim e Garcia pregam um embargo total, com fechamento de fronteiras e corte de ajuda humanitária. Condenam milhares de crianças pobres, em um país onde 60% da população vive abaixo da linha da pobreza, à morte. Já para Cuba, para o comunismo cubano, para a ditadura assassina cubana, para a tirania dos Castro, Lula só tem palavras de apoio:

Eu confesso, Clóvis Rossi, que eu não consigo entender a permanência do bloqueio a Cuba, por nenhum... A não ser por birra, ou seja, eu não quero porque eu não quero e acabou. Mas não existe nenhum sentido. Então, eu espero que isso aconteça. (17/12/2008)

Isso demonstra que o caminho é o da negociação, e não apenas do enfrentamento. Por essa razão, é fundamental que tenha fim um embargo que não tem sustentação econômica, política, ética e moral. (18/12/2008)

O levantamento do embargo sinalizaria que os EUA estão dispostos a engajar-se no diálogo, aceitar diferenças e renunciar a métodos equivocados e contraproducentes que vêm sendo utilizados por décadas. (23/03/2009)

Mas eu também acho que haverá evolução para se encontrar um fim definitivo para o embargo a Cuba. Eu sei que tem problemas culturais, tem problemas políticos, não é fácil vencer os setores conservadores em cada país, mas eu acho que o Obama tende a avançar e tende a compreender que não existe mais necessidade desse embargo a Cuba. (20/04/2009)

Não tem mais explicação hoje, em lugar nenhum do mundo, o embargo à Cuba, que é o próximo passo que deve acontecer, de ele ir caindo aos poucos para que tudo volte à normalidade.(03/06/2009)

O importante é que a gente respeite a soberania e decisão de cada povo. Se nós acatarmos isso, nós viveremos muito melhor e viveremos em paz. Eu já conversei muito com o Fidel, eu já conversei com o Raúl, os cubanos não querem ceder, porque o cubano acha que, depois de tanto tempo de bloqueio, depois de tanto tempo fora da OEA, por que eu tenho que ceder [em] alguma coisa? Se eles que nos puniram, que façam uma revisão. (3/06/2009)

por Coronel, no Coturno Noturno

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