quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Dilma é a Nossa Raul Castro

Todos assistimos nos últimos três anos à mitificação final de Fidel Castro. O crápula recolheu-se ao isolamento motivado por uma doença desconhecida, mas de lá continua mandando e dominando a feroz ditadura cubana, especialmente no que se refere à política internacional.

É ele quem recebe os presidentes e ministros em Cuba, para o beija-mão. Continua sendo, para todos os efeitos, o secretário geral do partido. Ninguém duvida que Raul Castro é apenas o seu carrasco, como sempre foi: um substituto sem carisma, sem relevância, sem alma, frio, gelado, pronto para matar.

Aqui no Brasil, o mesmo começa a acontecer com Lula. Não tendo conseguido impor a ditadura do terceiro mandato, vai recolher-se ao exílio involuntário por força da lei, após oito anos. No seu lugar, tentará impor um carrasco escolhido a dedo: Dilma Rousseff.

Na hipótese de vitória, ninguém duvida que será ele a comandar o país, na companhia de José Dirceu e outros mensaleiros da sua mais estrita confiança.

Lula sairá do poder como um semideus, com direito a filme em vida, coisa que nem Fidel ousou fazer, sempre delegando ao guerrilheiro finado Che as honras poéticas da assassina revolução cubana.

Lula não escreverá cartas semanais como Fidel, pois não sabe escrever, mas a romaria ao seu escritório em São Bernardo do Campo será constante, com plantonistas da imprensa à porta. Por lá continuarão passando presidentes e ministros. Lula está forte como um jumento, não padece de nenhuma enfermidade. Obviamente, terá que tomar cuidado com as alegrias proporcionadas pelo copo, mas poderá dormir até mais tarde, sem problemas com o bafo e as olheiras.

Se conseguir impor o seu Raul Castro, o nosso Fidel vai estar lá, de plantão, mandando e pronto para voltar em 2014. Se não conseguir, teremos quatro anos para destruir o mito, para que não volte nunca mais.

Em ambos os casos, não será uma tarefa fácil para a oposição que temos.

no Coturno Noturno

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