domingo, 28 de fevereiro de 2016

Ajudando a Melhorar o País - O Sistema

Este post faz parte de de uma série que denominei "Ajudando a Melhorar o País", onde exponho algumas ideias que há muito tenho comigo e que, creio, poderão servir não somente como uma guia para ações que visem realmente melhorar os serviços existentes e vindouros para todos os indivíduos que compõem nossa nação.

Nesta série, irei escrever sobre sociedade, política, economia e tudo aquilo que afeta diariamente a população, bem como tentar propor soluções baseadas em proposições liberais (libertárias), como já explanei no post Ajudando a Melhorar o País - Prólogo.

Já nos acostumamos a ouvir, não muito dificilmente, as pessoas com quem muitas vezes convivemos reclamarem do "sistema", como se fosse uma entidade supra-existencial - em especial, aquelas que têm uma tendência mais à esquerda, no espectro político. 
Mas o que é o tal "sistema"?


Como analista de sistemas, vou usar a Teoria Geral dos Sistemas do biólogo Ludwig Von Bertalanffy, o qual, embora tenha sido um biólogo, influenciou toda a área da computação.

Um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objetivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção (ALVAREZ, 1990, p. 16).

Assim, considerando-se a esfera humana, que é o que nos interessa, pode-se dizer que o sistema (do grego σύστημα, através do latim systēma, que significa "combinar", "formar um conjunto") é fruto das ações humanas na esfera social, de forma que o comportamento e a ação dos indivíduos interferem não somente no comportamento e na ação dos outros, mas do sistema como um todo. Ou seja: todos nós fazemos parte e construímos o sistema.

Ora, mas  não seria esta a definição de uma sociedade? Em termos mais simples, podemos dizer que sim, pois uma sociedade (do latim societas, que significa "relação amistosa com os outros") é formada por um grupo de indivíduos que forma um sistema semi-aberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo, compartilhando interesses ou preocupações mútuas sobre um objetivo comum.

Foi através da formação das sociedades que criou-se o estado (governo), ainda na pré-história. E criando-se o estado, com seus membros tendo mais poder de decisão sobre os demais, criou-se, também, as classes sociais, onde os membros do estado pertenciam à classe mais abastada, o que vigorou em muitos lugares até o fim da Idade Média, quando, então, uma nova classe social, a burguesia, entrou no cenário.

Esta classe social trouxe nova dinâmica nas relações entre os vários grupos sociais, auxiliando no crescimento dos mercados, fazendo surgir novas rotas de comércio e expandindo as fronteiras dos países, quando, devido ao fechamento das rotas terrestres de comércio com o oriente, muitos burgueses lançaram-se à exploração marítima (não, a maioria das explorações não foram patrocinadas, inicialmente, pelos governos, mas por particulares, que visavam seus próprios interesses).

Novos países, novas sociedades, novas ideias, novos intercâmbios, novos inventos. As sociedades cresceram e se diversificaram, criando novas formas de proporcionar mais conforto a mais pessoas. Pode-se dizer que foi a primeira forma de globalização.

A chamada revolução industrial elevou tudo isto a patamares jamais vistos até então. Foi através dela, especialmente com a introdução da linha de produção em série de Henry Ford, que as pessoas comuns puderam ter acesso a bens e serviços até então disponíveis apenas aos mais abastados.

E o resto é história: hoje vemos que praticamente qualquer pessoas pode comprar TVs, celulares, carros, móveis etc. E, a isto, Karl Marx deu o nome de capitalismo, afirmando, erroneamente, que este sistema econômico remete à pobreza.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Ajudando a Melhorar o País - Individualidade, Liberdade e Propriedade

Este post faz parte de de uma série que denominei "Ajudando a Melhorar o País", onde exponho algumas ideias que há muito tenho comigo e que, creio, poderão servir não somente como uma guia para ações que visem realmente melhorar os serviços existentes e vindouros para todos os indivíduos que compõem nossa nação.

Nesta série, irei escrever sobre sociedade, política, economia e tudo aquilo que afeta diariamente a população, bem como tentar propor soluções baseadas em proposições liberais (libertárias), como já explanei no post Ajudando a Melhorar o País - Prólogo.

Ninguém pode negar que a vida existe. Quer ela seja uma criação divina, quer um processo evolucionário, a vida não se mantém por si mesma. É necessário que tratemos de preservá-la, desenvolvê-la, aperfeiçoá-la.

Sendo humanos, somos dotados de um conjunto de faculdades que nos diferenciam dos demais seres vivos, o qual nos permitiu, desde o alvorecer da humanidade, fazer uso de uma enorme variedade de recursos naturais existentes, convertendo-os em produtos para nosso uso.

Em suma, vida, faculdades, produção. E temos o trinômio básico do liberalismo: individualidade, liberdade e propriedade, sem os quais a humanidade não seria o que é hoje.

Historicamente, sabe-se que já no período paleolítico, os seres humanos costumavam habitar e defender suas cavernas, quer de animais, quer de outros grupos de humanos, embora as terras, águas e bosques fossem, no mais das vezes, usufruídas coletivamente. Neste período, o ser humano era nômade, ou seja, sempre que os recursos de um local ficavam escassos, ele movia-se para outro com mais recursos.

Posteriormente, com o início da criação agro-pecuária, a maior parte da humanidade tornou-se sedentária e deu início à propriedade privada, à comercialização do excedente de produção, através das trocas de produtos, e à chamada sociedade - com a criação do estado e suas leis.

Mas a vida, a liberdade e a propriedade não existem pelo fato de os homens terem criado o Estado e feito suas leis. Pelo contrário, foi pelo fato de a vida, a liberdade e a propriedade existirem antes que os homens foram levados a fazer as leis.

E o que é a lei? É a organização coletiva do direito individual de legítima defesa. Cada em de nós tem o direito natural de defender sua própria pessoa, sua liberdade e sua propriedade - até mesmo pela força.

Assim é que o direito coletivo só tem fundamento se baseado no direito individual, já que a sociedade nada mais é do que uma soma de indivíduos com uma finalidade comum. Da mesma forma que a um indivíduo não pode, legitimamente, atentar contra a pessoa, a liberdade, a propriedade de outro indivíduo, a força comum não pode ser legitimamente usada para destruir ou subjugar a pessoa, a liberdade, a propriedade de outros indivíduos ou grupos.

Esta é a base do liberalismo, o qual, segundo o jornalista e professor Carlos Alberto Montaner, é um modo de entender a natureza humana e uma proposta destinada a possibilitar que todos alcancem o mais alto nível de prosperidade de acordo com seu potencial (em razão de seus valores, atividades e conhecimentos), com o maior grau de liberdade possível, em uma sociedade que reduza ao mínimo os inevitáveis conflitos sociais.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Ajudando a Melhorar o País - Prólogo

Depois de muito tempo sem escrever em meu blog, resolvi voltar a postar algumas coisas, porque vejo tudo ir-se sucumbindo cada vez mais rapidamente.

Este post é a introdução de uma série que denominei "Ajudando a Melhorar o País", onde exponho algumas ideias que há muito tenho comigo e que, creio, poderão servir não somente como uma guia para ações que visem realmente melhorar os serviços existentes e vindouros para todos os indivíduos que compõem nossa nação.

Nesta série, irei escrever sobre sociedade, política, economia e tudo aquilo que afeta diariamente a população, bem como tentar propor soluções baseadas em proposições liberais (libertárias). E porque irei usar tais propostas, se tantos e tantos usam o "progressismo" socialista (o que engloba o comunismo, já que aquele parteja este) como base para alcançar uma sociedade mais justa e igualitária?

Falando em termos teóricos mais simples, sem entrar nas complexidades de cada proposição (liberalismo versus socialismo), o socialismo pode ser descrito como uma ideologia que visa levar a uma sociedade regida pelo igualitarismo, onde todos os que trabalham recebem uma remuneração justa e igual de acordo com suas funções, todos têm acesso a serviços básicos de boa qualidade e todos têm uma vida digna e confortável - e que tudo isto só não é possível devido aos maldosos empresários e à burguesia (classe média), que não querem que os pobres progridam e tenham acesso ao que há de melhor.

Já o liberalismo é aquele que defende o mais básico trinômio existente (vida, liberdade e propriedade privada), sem o qual nada é possível ser feito, além de um sistema em que o Estado, que deve ser o menor possível, praticamente se atém como garantidor dos contratos entre os indivíduos, não produz bens ou serviços, não interfere na regulação dos mercados, inclusive do mercado de trabalho, e que, sendo o menor possível, mantém a carga tributária baixa.


Assim, vejam a diferença: enquanto o socialismo é definido por aquilo que ele promete alcançar (praticamente o paraíso na Terra), o liberalismo o é pelas políticas que recomenda! Dificilmente vocês verão um socialista definir sua ideologia como sendo "um sistema político-econômico onde o Estado coordena todos os aspectos da vida dos cidadãos de forma centralizada", o que seria uma contraparte mais correta à proposição liberal, porém muito menos atraente do ponto de vista psicológico. E esta é a tática do impostor!